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Cuidados para evitar o vírus H1N1 no ambiente de trabalho

27/04/2016

Desde o início do ano, foram registrados 1.012 casos de H1N1, também conhecido como influenza A, e 153 mortes em decorrência do mesmo vírus, de acordo com o informe divulgado em 19 de abril pelo Ministério da Saúde. Surpreendendo as previsões, a doença se manifestou antes do esperado e os sintomas apresentados pelos pacientes continuam similares ao da gripe comum: tosse, falta de ar, dores no corpo e na garganta, nariz entupido e coriza, também podendo apresentar episódios de vômito, diarreia e febre alta. Por isso, é importante procurar um pronto atendimento assim que houver suspeita de contaminação por H1N1. Mas o que é possível fazer para evitar a contaminação, principalmente no ambiente de trabalho? A infectologista do Hapvida, Maria Alice Sena, indica quais são os cuidados que podem ser tomados para evitar o contágio da doença. Higienização das mãos: orientar os profissionais a lavarem as mãos com água e sabão com frequência, principalmente ao chegar de ambientes externos e disponibilizar produtos à base de álcool (mínimo de 60%) em lugares comuns, como porta de banheiros, salas de reunião e próximo aos elevadores. Cuidado com tosse e espirro: ao tossir ou espirrar, não encostar as mãos na boca, nariz e olhos. A recomendação é usar lenços descartáveis para tapar a boca. “A principal forma de contágio do H1N1 é por meio do contato próximo com secreções respiratórias da pessoa portadora do vírus, por meio da tosse, espirro ou durante a fala”, esclarece Maria Alice. Móveis: fazer a higienização dos móveis passando álcool 70% no mobiliário também é um modo de reduzir o risco de contaminação pelo vírus H1N1. Portanto, ao final do expediente, é necessário limpar teclados, mouses, mesas, telefones e maçanetas das portas. Ambiente: o medo do mosquito Aedes Aegypti tem feito com que as pessoas fechem as janelas e potencializem o ar condicionado, mas essa não é a melhor atitude. É importante abrir o local, deixando o sol entrar e tornando o ambiente mais ventilado naturalmente, já que o vírus da gripe é adquirido pelo ar. Objetos e alimentos: não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal, caso tenha suspeita ou confirmação de infecção. Vacina: diante do surto de gripe antecipado, o Ministério da Saúde decidiu adiantar a campanha anual de vacinação. No estado São Paulo, por exemplo, o mais afetado pela doença, a imunização já começou para os grupos considerados de risco como crianças, gestantes, puérperas (quem acabou de dar à luz) e trabalhadores da saúde. A campanha nacional tem início no dia 30 de abril e vai até 20 de maio. Na rede pública, as vacinas oferecidas são as chamadas trivalentes, pois protegem contra os vírus H1N1, H3N2 e o tipo B. Já na rede privada, é possível encontrar também as vacinas quadrivalentes, com cepas para um outro tipo de influenza B. “A vacinação é uma das medidas utilizadas para prevenção da doença, uma vez que pode ser administrada antes de possível exposição ao vírus. É feita em dose única, porém há necessidade de reforço anual para que sejam atualizadas as cepas do vírus disponibilizadas na vacina”, explica a especialista. Pós-infecção: “Um profissional foi infectado. E agora?” O primeiro passo é ausentar temporariamente o profissional do local de trabalho para não contagiar as demais pessoas, até que a saúde seja restabelecida. Outra recomendação é realizar a limpeza e desinfecção de equipamentos utilizados pelo doente.

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